A blefaroplastia revisional, como o próprio nome diz, é uma revisão ou uma nova chance de ajustar uma cirurgia prévia nas pálpebras. É um procedimento meticuloso e muitas vezes complexo, pois visa corrigir ou aprimorar resultados de uma cirurgia anterior que por inúmeras razões não atingiu os objetivos desejados, sejam estéticos ou funcionais.
Quais principais motivos que demandam uma nova cirurgia?
Podemos enumerar fatores mais de cunho estético, com excesso de pele, persistência ou retorno de bolsas palpebrais, cicatrizes assimétricas, fendas palpebrais assimétricas, olhar encovado (perda de volume) e quemose persistente.
Os fatores funcionais, como retração da pálpebra inferior e pálpebra superior curta, com dificuldade de oclusão palpebral, com danos a superfície ocular, são de solução mais complexa.
Como podemos ajudar?
As técnicas empregadas são variadas e dependem de uma avaliação detalhada, sendo imprescindível um exame ocular completo, principalmente da superfície ocular e filme lacrimal.
A remoção dos tecidos excedentes é mais tranquila, tanto na retirada do excesso de pele como de bolsas palpebrais remanescentes.
Correção de assimetria de cicatrizes também não apresentam dificuldades maiores.
A retirada excessiva de volume é mais complexa, mas pode-se obter resultados satisfatórios com uso de preenchedores heterólogos como hialuronidase ou autólogos, como enxertia de gordura.
Nos casos de retração da pálpebra inferior, a técnica mais indicada vai depender do diagnóstico etiológico, podendo-se utilizar técnicas de cantoplastia, elevação do terço médio da face ou enxertos.
Como é o pós operatório?
O pós operatório tende a ser mais prolongado do que na cirurgia primária, pois estamos trabalhando em áreas com processo cicatricial.
Edema e quemose conjuntival podem persistir por mais tempo.
O uso de lubrificantes e compressas tendem a amenizar os sintomas.
Por fim, é muito importante alinhar com o paciente suas expectativas e ser muito realista no que se pode oferecer.
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