Bruna L. Rymer, Diane R. Marinho, Cristina Cagliari, Samara B. Marafon, Fernando Procianoy. Effects of Muller’s muscle-conjunctival resection for ptosis on ocular surface scores and dry eye symptoms. Journal Orbit: The International Journal on Orbital Disorders, Oculoplastic and Lacrimal Surgery. Volume 36, 2017 – Issue 1.

A Conjuntivomullerectomia já está bem estabelecida como uma excelente opção de tratamento para casos de ptoses palpebrais leves a moderadas.

No entanto, existe alguma discussão sobre possíveis consequências que a excisão conjuntival possa ter na lubrificação ocular. Alguns acreditam que possa haver diminuição da produção lacrimal com quadro de olho seco no pós-operatório. Pensando nisso, decidimos avaliar se esta modificação realmente ocorre e é significativa.

No nosso estudo fizemos uma avaliação subjetiva (através do questionário Salisbury Eye Evaluation) e objetiva (com teste de Shirmmer, tempo de ruptura do filme lacrimal -BUT- e avalição corneana com corante de fluoresceína e rosa bengala) da superfície ocular antes e depois da Conjuntivomullercetomia.

Os pacientes incluídos tinham dermatocálase superior associada ou não a ptose palpebral. Dependendo do MRD, o paciente foi submetido a Blefaroplastia Superior isolada (MRD > 3) ou Blefaroplastia Superior associada a Conjuntivomullerectomia (MRD <3).Utilizamos o grupo da Blefaroplastia Superior isolada como nosso grupo controle para podermos realizar uma comparação intra e entre grupos no pré e pós-operatório.

Tivemos os seguintes resultados: Redução significativa no número de respostas positivas no questionário após 90 dias de pós-operatório no grupo Blefaroplastia associada a Conjuntivomullerectomia.

Para os testes de Schirmer, BUT, avaliação da córnea com fluoresceína e rosa bengala, as diferenças intra e intergrupos não foram estatisticamente significativas em nenhum dos momentos avaliados.

No nosso estudo, concluímos que a Conjuntivomullerectomia não piora os sintomas subjetivos nem os sinais objetivos de olho seco, portanto é uma opção segura para tratamento de ptoses palpebrais. A partir dos nossos achados, ficamos mais tranquilos em indicar esta abordagem cirúrgica mesmo para pacientes com cavidades anoftálmicas e pacientes que apresentem quadro de olho seco leve a moderado no pré-operatório.

Link: https://doi.org/10.1080/01676830.2016.1243134

Bruna Rymer

Bruna Rymer

CRM 31072

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